quarta-feira, 13 de abril de 2011

☆ ENTREVISTA AO JORNAL O POVO EM 12/09/2010

O DESTINO PELAS CARTAS

Consultas de Tarô, Baralho Cigano, Quiromancia e outros Oráculos. Se faltar tempo ou a distância geográfica for um empecilho, não tem problema: Pai Geraldo de Oxóssi atende até pela Internet, basta enviar o nome completo, a data de nascimento e agendar a consulta On-line. 
Com Blog e perfil no Facebook o pai-de-santo e Cartomante tem consulentes até da Europa. “Mas não sou famoso”, ri. “Eu não sou o divino, eu sou um aparelho para ele operar. E não é a gente que escolhe (ser sensitivo), escolhem a gente”, diz. 
A história de Pai Geraldo de Oxóssi começa na Paraíba, na pequena cidade de Poço de José de Moura, onde nasceu. “É uma cidade de romaria. José de Moura ficou afamado por ser um vidente que curava as pessoas”, ele conta. A família tem tradição católica. O nome, Geraldo, é o mesmo do santo padroeiro da terra natal. Seguiu a crença da família por insistência da mãe, mas não conseguiu fugir de ser um “escolhido”. 
“Quando eu era criança, acordava assustado com visões. Minha mãe não entendia e me engajou num grupo de orações da igreja católica. Mas minha avó tinha ligação com o povo cigano, e meu avô, com o indígena. Do mesmo modo que a gente herda sangue e cor de pele, herda as questões do espírito também”. 
Antes de entrar de vez no mundo da sensitividade, Geraldo tentou ter trabalhos mais tradicionais. Foi operador de telemarketing, fez cobrança, apostou no turismo. Até um amigo convidá-lo a uma sessão espírita. “Achei maravilhoso e, até gosto do espiritismo, mas achei muito calmo, lento. Me identifiquei com a umbanda, que os espíritos também baixam. Passei mais de oito anos num centro, e lá foi a minha iniciação”, lembra. 
No cotidiano de cartomante, Pai Geraldo acredita no poder do aconselhamento.“As cartas não são só um meio de adivinhação, mas uma espécie de oráculo que mostra uma direção e dá um aconselhamento”, diz. Mas ele tem uma máxima: nem tudo deve ser revelado. “As cartas não mentem sobre o futuro, mas nós todos temos o livre arbítrio para seguir ou não o caminho que elas apontam”. 
Mesmo assumindo essa posição de conselheiro de seus clientes, Pai Geraldo de Oxossi, de vez em quando, é surpreendido com uma lição de vida. A história mais marcante é a de um agricultor que foi fazer uma consulta com as cartas. “Ele veio a cavalo, com uma faca de lado, um homem bem rústico que não parecia ter dinheiro pra pagar a consulta. Tinham roubado uma enxada na fazenda onde ele trabalhava e estavam botando a culpa nele. Falei pra ele usar os R$ 25,00 da consulta pra comprar uma enxada nova. E ele disse: ‘Não, estão me chamando de ladrão, eu preciso honrar o meu nome e descobrir quem foi’”, conta. 

Edição Impressa em 12 de Setembro de 2010
Por Alinne Rodrigues
Repórter do Núcleo de Cultura e Entretenimento
Jornal O POVO - Fortaleza - Ceará

Um comentário:

  1. ola gostei muito da sua entrevista, vi as perguntas resposta gostei muito vendo vç lendo a mão do homem vç acertou muita coisa, mas ainda vou jogar com vç. que Deus te abençoe e continue sendo essa pessoa simpática simples e sincera bjs. norma gomes.9 eu ja tenho vç no meu skype

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